quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Um monstro e outros sete lesionados na enfermaria pós-Copa espanhola - Por Marcus Alves, da Revista ESPN

Xavi é um monstro. Para entender tal afirmação, não é preciso de muito. Apenas vê-lo jogando. Sou daqueles que, por mais condecorações que o volante tenha recebido, ainda o considera injustiçado. O baixinho merece mais. No Barça, e já há gente boa por aí que pode respaldar minha opinião, ele tem um papel mais preponderante que Messi.

Basta ver como as coisas funcionam no time em sua ausência. Não que a equipe entre em parafusos. Não é pra tanto. Mas algo parece fora de lugar sem ele por ali, no meio-de-campo.

Talvez seja essa impressão de ver tudo sempre igual, na mesma. O Barcelona é desse jeito. Transmite a ideia de que nada muda, de que o futebol é aquele há tempos. E quem tem mais de 20 anos sabe: não é bem assim. A coisa já andou por baixo pelas bandas do Camp Nou.

O próprio Xavi, esse veterano de 30 anos, esteve lá pra ver isso. Viveu essa transição no Barça. É o cara que dissemina essa ideia de futebol bem jogado, que viu Ronaldinho brilhar e agora vê Messi.

Em três temporadas, foram pouco mais de 200 partidas disputadas – nem todas com os catalães, claro. Mas o suficiente para fazer dele o pilar desse Dream Team. O Dream Team em sua segunda versão.

Depois de tanto conquistar, porém, Xavi pediu um tempo. Parafraseando Guardiola, o pobre quer descanso. Do Barça e da Seleção. Dela, pediu folga neste mês. Ficou de fora da lista de Del Bosque para os jogos contra Lituânia e Escócia. É o efeito da Copa – e em menor grau da Euro 2008.

Da África do Sul pra cá, já são oito campeões mundiais com alguma lesão – Navas, Puyol, Javi Martínez, Fernando Torres, Pedro, Albiol e Cesc completam a lista. Algo se passa no Reino espanhol. 35% do time contundido? Normal não é. Fica o alento que há muito mais gente talentosa por aí. E, claro, um monstro recarregando as energias pra voltar.

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