Quando viajar para a disputa do Mundial interclubes, em dezembro, nos Emirados Árabes, o Inter irá se deparar com um velho conhecido. Técnico do time entre 2008 e 2009, Tite está desde agosto no comando do Al Wahda, representante local no torneio. Ele sonha em chegar no mínimo à segunda fase.
Para tanto, avisa que o calor deverá ser o principal adversário das equipes. Nem mesmo seus jogadores passam imunes às altas temperaturas.
“Olha, parece que o maçarico está aceso. Para você ter uma ideia, estamos treinando das oito às dez da noite aqui. Aqui, todo time cai de produção depois de 20 minutos do segundo tempo. Quando o Mundial for disputado, mesmo com jogos à noite, os jogadores vão enfrentar um bafo quente a toda hora”, afirma, em entrevista ao “Blog do Boleiro”, do portal Terra.
Nos Emirados, Tite conta com a ajuda de três jogadores brasileiros – o volante Magrão, o meia Hugo e o atacante Fernando Baiano –, que formam a espinha dorsal do time.
“O Baiano e o Magrão já estavam aqui quando chegamos. O Hugo foi contratado quatro ou cinco dias antes de eu aceitar a proposta para dirigir o Al Wahda. O Hugo tem jogado mais atrasado, mais na armação, do que fazia no São Paulo. Joga ali ao lado do Magrão, que tem atuado como segundo volante. Já o Fernando Baiano finaliza muito. Tem uma precisão e bate forte. Sua mobilidade, ali de bico a bico de área, é boa. E ele cabeceia bem”, analisa.
O técnico sabe que se conseguir vencer o Hekari United, de Papua-Nova Guiné, na primeira fase do Mundial, já estará no lucro. A partir daí, acredita, tudo pode acontecer. Inclusive, uma vitória sobre os colorados, tão familiares a ele.
“Conheço muito bem esse grupo. Este time que ganhou a Libertadores foi montado por mim. Com exceção do Tinga e do Nei, eu coloquei na equipe o Sandro, o Taison, sugeri a contratação de D’Alessandro. Ajudei a formar a base do Internacional”, relembra.
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