terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sanchez chama declarações de Juvenal sobre Itaquera de discriminatórias

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, chamou de discriminatória a declaração do mandatário são paulino, Juvenal Juvêncio, sobre o bairro de Itaquera. Juvêncio afirmou que o bairro da zona leste da capital paulista, onde o Corinthians deve construir seu estádio, não tem condições de receber jogos da Copa do Mundo de 2014.

“Para chegar lá – Itaquera -, é preciso de um carro do Corpo de Bombeiros. Se você pega a Angela Merkel, da Alemanha – primeira ministra -, e manda lá, ela não chega. E se tiver que sair, não sai. Além da área do estádio, precisa ter duas áreas para atender a Fifa, que quer espaço VIP e outras coisas. Onde vai fazer isso em Itaquera? Não tem como. Nesse lugar não tem planta, não tem subsolo, não tem fundação, não tem caderno de encargos da Fifa. Lá não tem nem hotel para dormir”, disse Juvenal durante visita do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ao CT do São Paulo em Cotia nesta terça.

Em entrevista à 'Rádio Jovem Pan' ainda hoje, Sanches respondeu. “Infelizmente, a discriminação prevalece no Jardim Leonor - outro nome que designa o bairro do Morumbi, onde está o estádio são paulino. O que mais importa em uma Copa do Mundo é o legado que vai ficar para a população. Nada mais justo que a zona leste, uma zona em que pouco se investiu, tenha mais coisas. Há muitos cidadãos paulistanos que moram lá.”

Muito já se especulou sobre o estádio que vai sediar os jogos da Copa de 2014 em São Paulo. Ainda não há definido. A princípio, o Morumbi seria o escolhido. Depois de muitos questionamentos por parte da Fifa, porém, a arena localizada em área nobre da zona sul paulista foi descartada. A falta de estacionamento e de área de imprensa seria a principal carência.

Em setembro deste ano, o Corinthians revelou um projeto de um estádio próprio em Itaquera. O time deixou em aberto a possibilidade de a Fifa ampliar com recursos próprios a capacidade deste estádio para que ele pudesse receber o público mínimo em uma abertura de Mundial. O ministro do esporte, Orlando Silva, manifestou seu apoio ao projeto. A mesma coisa fizeram o governador de São Paulo, Alberto Goldman, e o prefeito Kassab. Recentemente, porém, os dois últimos se mostraram reticentes com a ideia.

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