quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Teixeira é acusado pelo MP de ter criado empresa para lavar dinheiro, diz jornal

Envolvido em denúncias de suposto recebimento ilegal de dinheiro em contratos de marketing, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL), Ricardo Teixeira, também enfrenta um processo na Justiça brasileira por causa da empresa Sanud, acusada de receber propinas da ISL. A informação está nas páginas da Folha de S.Paulo desta quarta-feira.

De acordo com a reportagem, o cartola foi denunciado pelo Ministério Público Federal do Rio em 7 de maio de 2008, acusado de lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro nacional e crime tributário. A ação foi aceita pela Justiça e o processo se desenrola na 6ª Vara Federal Criminal do Rio, mas a defesa de Teixeira nega todas as acusações.

Neste momento, diz o jornal, a ação está parada até que seja analisado um pedido de habeas corpus que pede seu trancamento – o julgamento está marcado para o dia 7 de dezembro. Ainda em relação ao processo, havia uma audiência programada para a última sexta-feira, à qual o dirigente deveria comparecer, mas sua defesa entrou com recurso e conseguiu suspender a sessão a dois dias de sua realização.

A audiência foi suspensa no dia 24, menos de uma semana antes de a emissora pública britânica BBC, um jornal alemão e um jornal suíço noticiarem que o presidente da CBF teria recebido propina da ISL por meio da Sanud. Segundo as denúncias, a Sanud (registrada no paraíso fiscal de Liechtenstein) teria recebido US$ 9,5 milhões (cerca de R$ 16 milhões) entre 1992 e 1997.

A defesa de Ricardo Teixeira diz que o cartola não é proprietário da Sanud. O advogado do dirigente, José Mauro Couto de Assis, justificou o pedido de trancamento da ação judicial contra seu cliente por “inépcia da denúncia e falta de justa causa”. O diretor de comunicação do COL e da CBF, Rodrigo Paiva, disse que Teixeira não comentaria o caso.

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